
Histórias de corredores são
similares, mas cada um teve a sua particularidade, como podemos ver nos
depoimentos abaixo:
Claudia Wagner, por
exemplo, fez a primeira maratona sem querer, ia fazer uma meia maratona e
acabou finalizando os 42km, provavelmente motivada pelos próprios corredores ou
por si mesma. Fez Berlim para se superar e por satisfação pessoal, todavia hoje
não busca apenas distâncias, mas corridas que lhe proporcionam prazer, como a
realizado em Cusco no Peru, 20 Km, em maio deste ano, onde alcançou o terceiro
lugar.
Denis Garcia ao ver uma
corrida na Antártica no programa Planeta Extremo, motivou-se pelo desafio de
outras pessoas correrem no gelo e se propôs a fazer a sua primeira maratona,
porém com mais calor e foi para o Rio de Janeiro. Animou-se tanto que partiu
para ultramaratona e hoje tem grande experiência nesse tipo de prova.
Artur Reis foi motivado
pela necessidade de sair da rotina e fazer algo novo, animado pelos amigos e querendo
ter mais saúde, decidiu fazer a sua primeira maratona após 6 meses do início de
corrida, mas uma lesão no joelho fez com que desistisse no km 30. Mais maduro,
consciente da necessidade de fortalecimento e um melhor acompanhamento, fez um
ano depois a maratona de Paris, com ótimo resultado. Hoje também tem
ultramaratonas em seu currículo e sempre busca novos desafios.
Eu sempre fui cautelosa e
adiei muito correr uma maratona ao pensar nos processos inflamatórios,
possíveis lesões musculares e até o quanto era saudável, ou seja, é como se
passasse um filme na minha cabeça. Mas o fato de lidar com tantos clientes no
consultório que correm maratona e conhecer o dia a dia de treino deles, a
conciliação disto tudo com a família, trabalho, os ajustes da alimentação e da
suplementação, o envolvimento dos parceiros de corrida, tudo isto despertou uma
curiosidade e uma necessidade de partir para uma maratona. E aí pensamos de uma
forma diferente e as possíveis alterações fisiológicas, não são ignoradas, mas
incluídas no planejamento para minimizá-las e finalizar uma maratona.
Vejo vários clientes que
correm mais de uma maratona e cada uma delas há objetivos diferentes, sejam
pelo tipo de terreno, para dar força a um amigo, melhorar o ritmo ou simplesmente
correr em um lugar diferente. Eu decidi fazer a minha em Roma, em abril deste
ano, unindo o desejo de conhecer a beleza da Itália e ter essa experiência.
Contei com a ajuda de uma equipe fantástica de educadores físicos (na corrida,
na musculação, no treinamento funcional), além do apoio dos amigos, que se
ofereceram até mesmo para apoiar fisicamente nos treinos, com bicicleta ou
mesmo correndo junto – isso tudo não tem preço e mesmo o cansaço de volume de
treino ou acordar cedo tornam se secundários. Sem dúvida, que toda esta
orientação e mesmo a adequação de todos os nutrientes ao estado fisiológico
atual, foram muito importantes e minimizarem possíveis lesões por aumento de
radicais livres, processos inflamatórios e mesmo queda na imunidade. Ou seja,
ter um profissional de educação física, nutricionista e mesmo fisioterapeuta, é
fundamental e torna o alcance da maratona muito próximo e mais saudável. E você
aí, corredor, topa uma maratona?