O Congresso de Nutrição
Esportiva Funcional da VP esse ano consolidou alguns conceitos importantes
nessa área por meio de importantes profissionais da área. Murilo Pereira falou sobre
o microbioma do atleta, mostrando que a modulação intestinal do esportista pode
impactar positivamente na melhora muscular do atleta, além de minimizar
formação de substâncias que aumenta o risco cardiovascular. Nayara Massunaga
mostrou que até a queda do T3 por aumento do cortisol pode atrapalhar na
miogênese e deu dicas de importantes fitoquímicos para a imunoregulação e
melhor recuperação no exercício. Maiara Lima falou sobre o FOODMAPS na
performance esportiva, mostrando mais uma vez o papel da individualidade e a
necessidade de adequar alimentos que minimizam alterações gastrointestinais
durante o exercício. Ana Beatriz Baptistella nos mostrou que assim como o
atleta precisa ser treinado para melhorar a performance, na nutrição podemos
treiná-lo para melhorar a sua tolerância gástrica e receber os nutrientes que
precisa, aumentando inclusive a eficiência na absorção de alguns deles. Ricardo
Sodré falou sobre as adaptações celulares na ciclagem de ergogênicos
nutricionais, dando ênfase na periodização nutricionail. Rodrigo Loshi falou
sobre lesões, esteroides anabólicos, treinamento de força e nutrição e colocou
que não há recomendações específicas para quem faz o uso de esteroides
anabólicos. Andreia Naves falou sobre o impacto da nutrição na recuperação de
exercícios intensos sob uma perspectiva metabolômica e mostrou que a maior
ingestão de carboidrato ainda está relacionado com aumento da performance, que
alguns polifenois prevene o risco de dano muscular, sendo que alguns retardam a
fadiga. Bernardo Neme palestrou sobre síntese proteica e nutrição, relatou
técnicas de treino e volume de carga para o efeito de hipertrofia, frisando que
individuos treinados precisam de maior estímulo. Guilherme Rosa falou sobre
adaptações moleculares da ingestão de carboidratos para síntese de força e mostrou
mais uma vez o papel dos carboidratos, inclusive com estudos que mostram que
apesar das dietas low carb promover maior utilização de gordura, aumenta a
percepção de esforço e pode impactar na performance. A dieta com mais
carboidrato permitiu aos atletas maior número de repetições, melhora no VO2 e
redução do lactato. Rodrigo Loschi mostrou termogênicos e fitoterápicos
associados ao treinamento de força para aumento de massa muscular, como o uso
da capsaicina que aumenta o cálcio no retículo sarcoplasmático para promover
maior contração; o uso de L-carnitina que suplementada com carboidrato permaneceu
mais tempo no músculo; a sinefrina associada a cafeína aumentou o número de
repetições nos atletas. O uso de inibidores de miostatina não mostraram efeitos,
já a beterraba na concentração de 400 mg de nitrato foi útil para aumentar o
número de repetições no exercício, sendo administrada 2 a 3 horas antes. Valden
Capistrano falou sobre pre sleep nutrition, treinamento de força e síntese
proteica e mostrou que treinos que requerem mais grupos musculares, como o
crossfit, precisam de mais proteína; que o efeito é semelhante entre os
diversos tipos de proteína e, que doses aumentadas de proteínas para idoso
evita sarcopenia. Brian Cordeiro falou de outras aplicações para a creatina,
inclusive na reconstrução de tecido epitelial e diminuição de inflamação.
Henrique Freire falou de fitoquímicos para desinflamar o tecido adiposo e
promover o emagrecimento, inclusive mostrou a prática com a utilização de
alimentos com estes compostos em preparações simples. Márcio Souza palestrou
sobre os fatores que afetam a efetividade dos suplementos nutricionais, como o
ácido clorídrico do estômago, o peristaltismo intestinal, bem como problemas de
disbiose que atrapalham a absorção dos nutrientes desses suplementos, também
falou do cuidado com suplementos contaminados, com composição diferente da
expressa no rótulo e mesmo com excessos que podem alterar a homeostase
hepática. Andreia Naves mostrou os compostos nutricionais que associados a
ingestão de carboidratos podem auxiliar na ressíntese de glicogênio como as
soluções de glicose com frutose, a associação de proteínas, bem como a de
carboidratos com creatina para melhor absorção dessa última, bem como o uso de
hidrocitrato, cafeína com carboidrato e uso de chocolate. Guilherme Schwitzer
falou sobre os nutrientes que estimulam a lipólise e sua relação com a
capacidade de endurance, como a vitamina D que estimula a lipase sensível (que
estimula a utilização de gordura), o cálcio como sinalizador de enzimas
lipolíticas, o magnésio como receptor de insulina para o seu maior
funcionamento e o efeito dos capsinoides no gasto de energia e oxidação de
gordura no repouso e durante o exercício. Mais uma vez Marcio Souza abrilhantou
o evento ao falar dos efeitos dos vários tipos de dieta na resposta a lipólise
induzida pelo exercício e enfatizou, assim como Luciano Bruno, que são
estratégias adaptadas ao objetivo do paciente por um determinado momento.
Gustavo Barquilha falou da influência do exercício de força na melhora da
performance de endurance, principalmente no que se diz a economia na corrida,
seja ele no tempo ou na melhor eficiência na execução do exercício. E para
finalizar, mais uma vez Valden Capistrano mostrando as alterações nos exames
bioquímicos de atletas, muitas devido para se adaptar ao estado fisiológico do
atleta, e sua correta interpretação, associado sempre aos sinais e sintomas. Foi um evento muito enriquecedor e valeu a
pena fechar a agenda para apreciar esse momento de atualidade e consolidação do
saber científico.
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Dieta Paleolítica: há vantagens em adotá-la como estilo de vida?
Essa dieta ou estilo de vida baseia-se na alimentação de nossos ancestrais de 10.000 anos atrás, com a argumentação que a evolução para novos alimentos cessou nessa época e que a adieta atual e estilo de vida contribuíram para as atuais doenças da civilização. Os apoiadores dessa dieta relatam que ela contribui para a redução de peso e correção de alterações metabólicas. A preocupação é quanto a adequação de cálcio, já que a ingestão de alimentos fontes, como os lácteos, não é permitida e, mesmo outras fontes vegetais de cálcio, tem a ingestão limitada. Há questionamentos quanto a sua evidência histórica, bem como as alegações a saúde. Alguns antropólogos dizem que hábitos são aprendidos por mecanismos comportamentais, sociais e fisiológicos e questionam essa dieta nos dias de hoje. Há alguns estudos comparativos, inclusive com dietas mediterrâneas, que mostraram vários benefícios com o uso dessa dieta, tais como:
- maior perda de peso (outros estudos, mostraram não haver diferença);
- melhora do funcionamento da insulina que regula a glicemia (açúcar) no sangue;
- redução da cintura abdominal (quando aumentada piora o risco para diabetes e doenças cardiovasculares);
- melhora dos lípides (gordura) no sangue;
- melhora da pressão arterial;
- melhora da saciedade, provavelmente por conter mais proteína.
Outros estudos, não mostraram benefícios na melhora da permeabilidade intestinal (o intestino mais permeável torna a pessoa mais suscetível a doenças), nos processos inflamatórios ou mesmo no cortisol salivar (indicador de estresse). E ainda, apontaram a dificuldade de adesão e seu custo maior.
Nessa dieta, os cereais como aveia, cevada, arroz, milho, bem como os lácteos estão proibidos, sendo permitido as raízes, as oleaginosas (grupo das castanhas), as carnes, aves, peixe, frutas, hortaliças. Preconiza-se ter uma alimentação o mais natural possível, evitando os alimentos processados. Suas características nutricionais é a riqueza de: antioxidantes, fibras, fitoquímicos, vitaminas; além de ser reduzida em sódio. A suplementação de cálcio deve ser avaliada individualmente.
É importante enfatizar que essa dieta não é low carb (baixa em carboidratos), pelo contrário, na era paleolítica havia uma grande ingestão de frutas, mesmo assim o funcionamento da insulina era ótima. É uma dieta hiperproteica, cujo objetivo não é especificamente a redução de peso e sim a promoção da saúde. Mais estudos se tornam necessários para avaliar a eficácia dessa dieta. Cuidado com as adaptações modernas dessa dieta! Alguma dúvida, pergunte-me aqui!
Até mais!
Esse post se apoiou na seguinte literatura:
PITT, C.E. Cutting through the Paleo hype: The evidence for the Palaeolithic diet. AFP.; VOL.45, (1-2): 35-38, 2016.
lINDEBERG, S. Palaeolithic diet (‘‘stone age’’ diet). Scandinavian Journal of Nutrition; 49 (2): 75-77, 2005.
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
Nutrição periodizada para atletas: o que é isso?
Nutrição periodizada são
estratégias que usam a combinação de treino e nutrição ou nutrição apenas, com
o objetivo de obter adaptações para otimizar a performance no exercício. As
respostas adaptativas ao treino são determinadas pela duração, intensidade,
tipo de exercício, frequência do treino, bem como a qualidade e quantidade de
nutrientes no pré e pós exercício. As adaptações podem ser ampliadas ou diminuídas
pela nutrição. Por exemplo, o baixo fornecimento de proteína pós exercício, faz
com que a síntese proteica seja menor; a disponibilidade baixa de carboidrato
também produz adaptações no músculo; altas doses de antioxidantes têm o
potencial de reduzir adaptações importantes e fisiológicas no treino e,
dependendo da característica do treino não é indicado sua utilização após. Algumas
revisões têm discutido os benefícios de um treino baixo em carboidrato, outros
com alta ou ambos, bem como o impacto dos antioxidantes na biogênese
mitocondrial (para maior produção de ATP e utilização de gordura). A adequação
vai depender do objetivo de cada ciclo de treino do esportista ou atleta, se é
necessário um peso menor, armazenar mais glicogênio (carboidrato no músculo),
dentre outros.
A nutrição de um esportista
e atleta, assim como o exercício, depende de ser treinada. Algumas pessoas têm
dificuldade de beber líquido durante o treino pela limitação da capacidade
gástrica e essa situação precisa ser treinada, assim como alguns não toleram o
uso de gel durante, também é uma condição adaptativa a facilidade na sua
utilização.
Vou citar algumas
estratégias de nutrição periodizada que devem ser adaptadas por um profissional
especializado de acordo com o momento de treino, sendo que algumas têm mais
evidências científicas que as outras:
- Treino low: o objetivo é
treinar com baixa quantidade de carboidrato.
a) Se treino duas vezes ao
dia, pode-se limitar o fornecimento de carboidrato durante as sessões com o
objetivo de depletar o glicogênio muscular e estimular a expressão de genes
relevantes.
b) Treino em jejum para
depletar o glicogênio do fígado.
c) Baixa disponibilizade de
carboidrato durante o treino.
d) Sleep low: ir para cama
com baixa disponibilidade de carboidratos e no dia seguinte treinar mais tarde.
- Baixo carboidrato e alta
gordura: diminuir os estoques de carboidrato a longo prazo;
- Treino com alta quantidade
de carboidrato no músculo e no fígado, focando a reposição pós exercício;
- Treino de conforto
gástrico: aumentar o volume de alimentos independente da presença ou não de
treino;
- Treino de esvaziamento ou
absorção gástrica: uso frequente de refeições para aumentar o esvaziamento ou capacidade
de absorção de nutrientes e fluídos e diminuir o desconforto;
- Treino de nutrição em
prova: seleciona uma prova que não seja a mais importante para treinar todas as
estratégias de nutrição;
- Treino em estado desidratado:
limita-se o uso de líquidos para treinar a desidratação sem grandes
consequências. Eu, propriamente, acho essa estratégia um pouco perigosa;
- Suplementos que permitem
maior tempo de treino, que iniciam ou aumentam a sintesa proteíca e aqueles que
aumentam a biogênese mitocondrial.
A utilização de quaisquer
desses métodos depende do objetivo individual e não há um único que atenda a
todas as necessidades. Com o avanço de estudos
e melhor entendimento das bases moleculares das adaptações ao treino a
nutrição periodizada se torna mais fácil de ser aplicada. Lembrando, que
independente do método, deve haver acompanhamento pelo treinador e por um nutricionista.
E você, está adequando a sua
nutrição ao seu ritmo de treino?
Referência:
JEYNKENDRUP, A. E. Periodized Nutrition for Athletes, Sport Med. 47(1): S51-S63, 2017.
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Durante o exercício: o que comer e em que momento?
Para manter o nível de
energia durante a sessão de exercício não depende apenas do que comer durante,
mas também da ingestão de alimentos realizada no dia anterior. Se o seu jantar
faltou nutrientes, com certeza, irá repercutir no exercício do dia seguinte.
Para você ter uma ideia na primeira hora de exercício você pode depletar totalmente
a sua reserva de carboidrato no músculo e com isso aparecer a fadiga. Pense no
quanto poderia aproveitar os benefícios do exercício ou mesmo em uma prova
ganhar alguns minutos caso tivesse se alimentado adequadamente.
Siga as minhas dicas a
seguir e tenha mais energia:
ü No dia
anterior faça um jantar bem composto por hortaliças, uma porção de carne,
frango ou peixe e uma porção de carboidrato (batata, arroz, macarrão, mandioca,
fruta);
ü Antes
do exercício coma uma fonte de carboidrato, pode ser simplesmente uma fruta,
evite alimentos processados, como biscoitos, que são pobres em nutrientes. Você
pode associar alguma gordura para retardar a utilização do carboidrato no
músculo como óleo de coco ou uma pasta de oleaginosa (castanha, amendoim,
macadâmia, abacate, etc);
ü Se o
exercício ter uma longa duração, acima de 1h30:
na primeira hora, você pode usar novamente uma fruta ou um suplemento a base de
carboidrato em pó ou mesmo repetir a fonte de gordura – o óleo de coco, por
exemplo, fornece uma energia rápida para continuar a realização do exercício;
Lembrando que esses ajustes
são individuais, pois tem pessoas que não conseguem comer nada ao se levantarem
ou mesmo, dependendo do treino, são bem adaptadas a treinarem apenas com fonte
de gordura antes e durante o treino.
Para adequação do seu cardápio
ao seu tipo de exercício, intensidade e duração, marque uma consulta no (11) 98281-3511.
Terei prazer em te ajudar!
terça-feira, 15 de agosto de 2017
Dieta com baixa gordura ou baixo carboidrato para redução de peso: o que é melhor?
Há uma controvérsia entre a composição ótima da dieta para a perda e manutenção do peso. Alguns defendem a dieta baixa em gordura e alta em carboidratos, enquanto outros baixa em carboidratos. Em um estudo com chineses com sobrepeso (EBioMedicine, Wan et al.) houve a comparação de três tipos de tipos de dieta:
- 20% de gordura e 66% de carboidrato;
- 30% de gordura e 56% de carboidrato;
- 40% de gordura e 46% de carboidrato.
Após 6 meses a dieta baixa em gordura apresentou uma redução de peso maior de 0,5 kg em relação a dieta com 56% de carboidrato e 0,7 kg em relação a dieta com 46% de carboidrato.
Os autores concluíram que a eficiência da dieta depende do metabolismo de glicose dos pacientes com sobrepeso e obeso. Indivíduos com glicemia normal perdem mais peso com dieta baixa em gordura e diabéticos precisam focar na quantidade, no índice glicêmico do carbo, montante de fibras. No estudo atual, o grupo era sensível a insulina, sendo mais responsivo a dieta alta em carboidratos. O autor que analisou o estudo enfatiza a necessidade de uma abordagem personalizada para definir a estratégia nutricional.
A dieta baixa em carboidratos ou low carb tem várias vantagens fundamentadas em estudos:
- Ela aumenta o eixo AMPK - sirtuínas - PGC1-alfa promovendo maior atividade mitocondrial no músculo esquéletico e, facilitar maior utilização de gordura;
- Promove uma maior perda de peso a curto prazo;
- Controle o nível de insulina, facilitando o controle por doces e quebra de gordura e utilização - o nível alto de insulina rouba o fósforo da LSH (enzima que quebra gordura) e atrapalha o seu trabalho de quebrar gordura.
E você, que dieta percebe que te dá os melhores resultados? Já fez uma dieta personalizada para obtenção do seu peso saudável?
Referências:
ASTRUP, A. & HJORTH, M. F., Ebiomedicine, 2017.
CLOSE, G.L., HAMILTON, D.L., PHILIP, A., BURKE, L.M., MORTON, J.P. New Strategies in Sport Nutrition to increase exercise performance. Free Radical Biology and Medicine,:1-15, 2016.
STEEMBURGO, T., AZEVEDO, M. J., MARTINEZ, J.A. Interação entre gene e nutriente
e sua associação à obesidade e ao diabetes melito. Arq Bras Endocrinol Metab. 53(5): 497-508, 2009.
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Emagrecimento: muito mais que comer nutrientes
Você há anos tenta emagrecer
e parece que por um tempo tem sucesso, reduz o peso com a nova dieta e depois
de alguns meses, recupera o peso original. E isso cansa, porque parece que é um
esforço sem resultado, que desmotiva e que chega a ser desesperador, não? Pense
no que está fazendo de errado. Afinal, o sucesso de emagrecer é reaprender a
comer, não tem tempo de validade, é para a vida toda. Dietas malucas além de
não dar os nutrientes que precisa, pode agredir o seu metabolismo e fazer com
que engorde muito mais rápido. Você opta pela saúde e bem estar ou pela doença?
Pense no que você poderia fazer para reverter o quadro, aonde que você quer
chegar.
Associamos a alimentação
desde criança com a compensação ou com a punição. A mãe já fala para a criança:
“se comer tudo, ganha a sobremesa”. E você após um dia de estresse fala: “hoje
tive um dia tenso, mereço uma barra de chocolate”. E muitas vezes você engorda
para manter as pessoas afastadas de você, inconscientemente, porque acha que
não merece ser feliz. Parece algo doido, mas a alimentação vai muito mais que
nutrientes. E o emagrecer nesse caso não é só reapreender a comer, mas
identificar o que é importante para você, é reaprender a se gostar, é criar
estratégias para dar certo o processo. É procurar ajuda, associar o psicológo,
o educador físico, além do nutricionista.
E como falamos em reaprender
a comer, que tal tomar algumas atitudes?
·
Como está a sua ingestão de frutas ao longo
do dia? Se nenhuma ou uma, que tal incluir uma ou duas ao dia? Se não há variedade,
que tal experimentar novas, além da laranja, maça e banana? Já deixar lavada
para facilitar o consumo, principalmente para levar para o trabalho. O mesmo
serve para a salada.
·
O consumo de mini salgadinhos é frequente na
hora do almoço? Que tal estipular uma vez por semana aquele preferido.
·
Tomar refrigerante é uma constante em sua
vida? Também estabeleça um dia para isso ou opte por sucos menos concentrados
em carboidratos, como o limão e maracujá (dispense os sucos prontos mesmo os 0
calorias ou chás industrializados).
·
Tem um monte de alimentos ditos saudáveis que
não gosta? Que tal estar aberto para novas experiências, ser resiliente na
empresa é “fácil” e para o seu bem estar? Sabia que ao se expor por dez vezes a
um alimento que não gosta, o seu paladar já muda e aquele alimento com gosto
“ruim” começa a ser suportável.
·
Observe o seu comportamento no final de
semana, a quantidade da pizza, o quanto toma de álcool, a sobremesa na sogra ou
na casa da mãe, como se comporta no restaurante. Há algo de diferente que possa
fazer?
Defina um projeto de vida
para você relacionada a mudanças alimentares e me conte aqui!
Estou na torcida!
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segunda-feira, 19 de junho de 2017
Antioxidantes em atletas de endurance
Exercícios intensos aumentam a liberação de
radicais livres ou espécies reativas de oxigênio. Este aumento pode modificar
as gorduras, proteínas, carboidratos e estruturas celulares do corpo. Essas
modificações podem aumentar o risco de aterosclerose, disfunções cardíacas, a
forma como a insulina é utilizada e outros prejuízos à saúde. Alguns nutrientes
antioxidantes, como vitamina C, vitamina E, beta caroteno e selênio podem
reduzir esses efeitos ou mesmo previní-los. Antioxidantes trazem benefícios
para performance, saúde e recuperação, prevenindo dano oxidativo em atletas com
grande volume de exercício. Apesar dos benefícios dos antioxidantes, as
dosagens ingeridas não devem ser acima das doses de segurança (UL), pois podem
exercer efeitos pró-oxidantes ao invés de antioxidantes. As adequações no plano
dietético são necessárias, considerando-se o tipo e intensidade do treino,
intensidade e variabilidade individual.
Referência:
WILLIAMSON, E. Nutritional implications for
ultra-endurance walking and running events. Extrem Physiol Med. 5(13):
1-18, 2016.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Vitaminas e minerais em atletas de endurance
Para o atleta de endurance ou ultra-endurance, estes
micronutrientes são importantes para a produção de energia, síntese de
hemoglobina, manter a saúde óssea, adequar a função imune e proteger o corpo
do estresse oxidativo. Além disso, são importantes para a síntese,
recuperação e adaptação ao exercício. A característica do tipo de exercício
destes atletas aumenta o uso e a perda desses nutrientes, resultando em uma
demanda aumentada. Preste atenção no fornecimento deles, particularmente o
cálcio, a vitamina D, C, E, as vitaminas do complexo B, o ferro, zinco, bem
como, o beta caroteno e selênio, que também tem propriedades antioxidantes. A
deficiência de cálcio e vitamina D, por exemplo, aumenta o risco de baixa densidade óssea e as
fraturas de estresse. As vitaminas do complexo B têm uma função na produção de
energia, na construção e reparo de massa muscular e, alguns atletas dependem de
doses acima da recomendação. A deficiência de folato, B12 e ferro pode levar a
anemia, aumentar a fadiga e interferir na performance, pois interferem no
transporte de oxigênio nas células. Além disso, o tempo aumentado neste
esporte, promove aumento da hepcidina e interferência na absorção intestinal do
ferro. O zinco tem um papel na reparo muscular, metabolismo de energia e na
função imune - sua deficiência está assoacida a alterações nos hormônio da tireoide afetando metabolismo, performance, além da redução da função cardiorespiratória,
força muscular e endurance. O magnésio está associado à funções nervosas e
sistema músculo-esquelético, é facilmente perdido no suor e o diagnóstico mais
fácil da sua deficiência é a presença de câimbras. Logo percebemos que
adequações se tornam necessárias nesse esporte. Procure um nutricionista para individualização!
Referência:
WILLIAMSON, E. Nutritional implications for
ultra-endurance walking and running events. Extrem Physiol Med. 5(13):
1-18, 2016.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
Proteína em atletas de endurance: é realmente necessário?
A proteína é um nutriente crítico requerido pelo atleta para garantir recuperação do exercício e promover adaptação ótima durante as sessões
dos exercícios. As necessidades de atletas de atividades longas são maiores do
que a população em geral e é importante para recuperar músculos lesados e
sintetizar proteínas musculares. Também serve como substrato energético durante
o exercício, na ordem de 10% do total, sendo que essa contribuição depende da
intensidade e duração do exercício, bem como a disponibilidade de
glicogênio/glicose no corpo. Claro, que o corpo mais eficientemente adaptado
utiliza menos aminoácidos durante o exercício, mas a taxa de oxidação deste
nutriente permanece acima de 2h após o exercício, sendo um maior uso na perna, principalmente na região da panturilha. Com o objetivo de maximizar a síntese é sugerido o
consumo de 20g de proteína em intervalos de 3 a 4 horas, mas ainda há
controvérsias em relação a quantidade. Apesar de alguns estudos em ciclistas
mostrarem melhora na performance, outros estudos em ultramaratonistas não
mostraram benefícios. Todavia, é garantido que o consumo de pelo menos 20g de
proteína pós exercício (30-60 minutos após) auxilia na recuperação muscular e
minimiza perdas. Consulte um nutricionista para adequação individual do momento
e das quantidades de proteínas durante os treinos.
Referência:
WILLIAMSON, E. Nutritional implications for
ultra-endurance walking and running events. Extrem Physiol Med. 5(13): 1-18,
2016.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Muffin de maça com aveia
Receita rápida e fácil, podendo ser utilizado como pré-treino, pois contem carboidrato na medida certa e de liberação lenta, mantendo o pique durante toda a sessão de exercício. Também pode ser utilizada no lanche no final da tarde, quando a larica por doce começar a gritar. Na próxima vou acrescentar um pouco de óleo de coco e whey protein e conto para vocês como ficou. Testem e me falem se gostaram.
Ingredientes:
- 2 maças fuji raladas
- 2 ovos
- 1 copo de iogurte natural
- 1/3 de copo americano de mel
- 2 c. sopa de xylitol
- 2 c.sopa de baunilha
- 2,5 xícaras (de chá) de aveia
- 2 colheres de fermento químico
- 1 c.sopa de canela
- 1 pitada de sal do himalaia
- 1 xícara de leite desnatado
- Uva passa, gotas de chocolate amargo, cramberry (usei as da Flormel com chocolate)
Misture todos os ingredientes, mexendo delicadamente. Coloque em forminhas de silicone próprias para muffin e asse por aproximadamente 40 minutos.
Informação Nutricional por unidade:
147 Kcal
23g de carboidratos
4,8g de proteínas
2,5g de lípidios
2,1g de fibras
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Utilização de gordura como estratégia nutricional em atletas de endurance
Os atletas de endurance aumentam a capacidade de oxidação de gordura durante o
exercício e isto contribui para o gasto de energia durante atividades, cujo VO2
máximo fica em torno de 60 a 68%. Estudos recentes têm mostrado que a gordura
aumenta a capacidade do exercício por reduzir a utilização de glicogênio e a
necessidade de consumo de carboidrato em atividades prolongadas. Algumas
estratégias usam pouquíssimo carboidrato, menos que 50g por dia, e alta gordura,maior
que 70% do consumo energético. Depois de 2 a 3 semanas nesta dieta, o corpo
está apto para usar gordura como contribuição energética, utilizando menos
carboidrato. Todavia, esta estratégia pode ter um custo como limitar a
intensidade do exercício e restringir a capacidade do trabalho anaeróbico. É
importante lembrar que em indivíduos não adaptados pode haver uma quebra maior
de massa muscular. A vantagem da gordura, como o TCM, existente no óleo de
coco, é que a densidade calórica é alta, com isso atenderia rapidamente as
necessidades calóricas do atleta e minimizaria o transporte de grande
quantidade de alimentos durante a prova longa. Todavia, os estudos ainda são
conflitantes.
Referência:
WILLIAMSON, E. Nutritional implications for
ultra-endurance walking and running events. Extrem Physiol Med. 5(13): 1-18,
2016.
quinta-feira, 23 de março de 2017
Alimentos proteicos substitutos da carne
Em tempos de Carne Fraca, no
qual o assunto desde a semana passada é a carne, não se pode deixar
de pensar também na legislação dos outros alimentos, principalmente em relação
a permissão de alguns pesticidas em hortaliças e frutas e o controle sanitário.
Com tudo isso, fica a questão: “ E agora, o que eu como?” Que opções proteícas
poderiam fazer parte da nossa alimentação? Lembrando que a recomendação de
proteína varia de individuo para individuo, na ordem de 0,8g/kg de peso até
2g/kg de peso, dependendo do montante de massa muscular e do nível de
exercícios. Segue algumas dicas de como aumentar o seu aporte proteico:
·
Ovo: uma excelente fonte de proteina, pode
ter até 9g por unidade. Versátil e de baixo custo, pode ser adicionado a
diversas preparações:
·
Leguminosas, como feijão, lentilha, grão-de-bico,
soja, podem ser aumentadas. Em 100g tem aproximadamente 15g de proteinas. Para
evitar o efeito indesejado de gases e distensão intestinal das lectinas, deixe
de molho, despreze a água e cozinhe o alimento em outra água.
·
Amêndoa de baru: em apenas 5g contem 50% de
proteína, acreditem! O amendoim em 50g tem 14g de proteínas, bastante também.
·
Lácteos: para os não intolerantes, podem ser
uma boa opção também, pois fornecem em uma porção uma média de 6 a 10g de
proteínas. Existe no mercado alguns iogurtes mais proteicos, chegando a 14g por
porção.
·
Cogumelos também podem ser adicionados, mas
não são fontes de proteínas.
Importante! Mesmo aqueles
que não ingerem alimentos de origem animal, é perfeitamente possível adequar as
proteínas a sua necessidade fisiológica.
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Pizza de couve-flor
Ingredientes:
- 1 couve-flor inteira
- 1 ovo
- Pimenta do reino e sal a gosto
- meia xícara de mussarela light ralada para a massa e 200g para polvilhar
- 1 xícara de molho de tomate
- 1 cebola roxa grande em tiras
- 50 gramas de azeitonas
- 2 tomates italianos
- Orégano à gosto
Modo de preparo:
Cozinhe a couve-flor e triture-a no processador. Em uma tigela acrescente ovo, a meia xícara de mussarela, sal e pimenta. Unte a assadeira com azeite de oliva e modele a massa na forma de disco. Coloque no forno pré aquecido e cozinhe a massa de 30 a 45 minutos até a borda dourar. Retire do forno, distribua o molho de tomate pela massa e ornei a com a mussarela ralada, cebola em tiras grandes, rodelas de tomate, azeitonas e orégano. Leve normalmente ao forno médio por 20 minutos.
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